O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou nesta terça-feira 1, que ficará em repouso absoluto durante o mês de julho, por orientação médica. Aos 70 anos, ele enfrenta crises de soluços, vômitos e esofagite, que o impedem até de falar. O quadro exige tratamento intensivo e o afastamento de atividades públicas e políticas.
A pausa ocorre em meio à pressão crescente dentro do campo bolsonarista por uma definição de sucessor político, especialmente diante da inelegibilidade de Bolsonaro e do avanço das investigações no STF sobre a suposta trama golpista. O julgamento no Supremo deve ocorrer em setembro.
No último ato político, na avenida Paulista, Bolsonaro evitou nomear um substituto, mas sugeriu que ainda pode exercer influência: "Se me derem 50% da Câmara e do Senado, eu mudo o destino do Brasil", disse ele, ao lado de nomes cotados para 2026, como Tarcísio de Freitas e Romeu Zema.
Apesar da pressão de aliados, empresários e lideranças partidárias para que passe o bastão, Bolsonaro resiste. Avalia-se que ele precisa manter seu capital político vivo para reforçar sua defesa jurídica e evitar perda de relevância no cenário nacional.
O próximo grande ato da base bolsonarista está previsto para 7 de setembro, data simbólica em que se espera uma retomada da mobilização.
Postado em 03/07/2025