O governo Lula considera que eventuais sanções dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, configurariam um ataque institucional ao Brasil, mas há divergências internas sobre como e quando reagir.
A tensão aumentou após o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmar na última quarta-feira (21) que há uma "grande possibilidade" de sanções. A ameaça é impulsionada por aliados de Bolsonaro nos EUA, que pedem punições a Moraes por suposta perseguição política.
Enquanto uma ala do governo prefere evitar confrontos, para não prejudicar negociações econômicas com Washington, outro grupo defende uma resposta firme, tratando o episódio como uma ameaça à soberania nacional.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e ministros como Gilmar Mendes e Jorge Messias já se manifestaram contra a possível interferência, ressaltando a necessidade de respeito à autonomia do Brasil.
O Congresso dos EUA analisa aplicar a Lei Magnitsky, que permite sanções a indivíduos acusados de violar direitos humanos, o que poderia resultar na proibição de entrada de Moraes em território americano.
A OAB também repudiou qualquer tentativa de interferência externa em decisões judiciais brasileiras.
Postado em 23/05/2025