Plantio direto vira referência mundial
Plantio direto vira referência mundial
A técnica do plantio direto, hoje adotada em mais de 205 milhões de hectares no mundo, teve origem no Norte do Paraná, na década de 1970, e se transformou em um modelo agrícola global de sustentabilidade e produtividade. O destaque está no artigo científico publicado na revista “Advances in Agronomy”, assinado por pesquisadores brasileiros, incluindo membros do IDR-Paraná, UFSC, UEL e Universidade de Coimbra.
O marco inicial foi em 1972, quando o produtor Herbert Bartz, de Rolândia, realizou a primeira semeadura direta comercial de soja da América Latina. A partir disso, outros agricultores, como Franke Dijkstra e Manoel Henrique Pereira (Nonô), aderiram à prática, que se expandiu rapidamente no estado e, depois, por todo o país.
O IDR-Paraná (antigo Iapar) teve papel decisivo no desenvolvimento técnico e científico do Sistema Plantio Direto (SPD), que vai além da simples não aração do solo. O sistema é baseado em três pilares: não revolver o solo, manter cobertura vegetal permanente e praticar rotação de culturas.
Segundo os autores, a técnica alia produtividade à conservação ambiental, sendo reconhecida pela FAO como base da “agricultura de conservação” e apontada como estratégia eficaz contra as mudanças climáticas e para garantir segurança alimentar global.
No Brasil, mais de 41 milhões de hectares já são cultivados sob o SPD, o que representa a maior área do mundo em plantio direto com base em condições tropicais.
📌 Fonte: IDR-Paraná | Revista Advances in Agronomy
Postado em 12/05/2025