A Primeira Turma do STF formou maioria nesta terça-feira (6) para tornar réus mais sete envolvidos na tentativa de golpe de 2022, que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, o total de denunciados formalmente no processo sobe para 21, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo teria participado da criação e disseminação de fake news contra o processo eleitoral e autoridades, além de ter utilizado ilegalmente a estrutura da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para produzir desinformação.
Entre os novos réus estão militares da ativa e da reserva e um policial federal, acusados de integrar um dos núcleos da organização criminosa que, segundo a PGR, operava com diferentes frentes: produção de notícias falsas, uso de perfis falsos e atuação política para amplificar o conteúdo.
Eles respondem por cinco crimes:
Tentativa de golpe de Estado
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Organização criminosa armada
Dano qualificado
Deterioração de patrimônio tombado
O relator, ministro Alexandre de Moraes, destacou que as ações do grupo foram coordenadas, e não se tratam de simples compartilhamento de conteúdo. Para o ministro Flávio Dino, os indícios apresentados pela PGR são suficientes para abertura da ação penal.
Com o recebimento da denúncia, o processo avança para a fase de instrução, em que as provas serão aprofundadas e as defesas poderão apresentar testemunhas, perícias e novos elementos.
Redação Manda News
Postado: 06/05/2025