O presidente Lula visita a China nesta segunda e terça-feira (13 e 14) com o objetivo de atrair investimentos em infraestrutura e discutir alternativas no comércio internacional, em meio às tensões da guerra comercial entre China e Estados Unidos.

A viagem ocorre após a passagem por Moscou, onde Lula participou das celebrações do Dia da Vitória e se reuniu com Vladimir Putin. Em Pequim, o presidente se encontrará com Xi Jinping e participará do Fórum China-CELAC, reforçando os laços com o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009.

Segundo o economista Leonardo Trevisan, da PUC-SP e ESPM, a China representa 35% das exportações brasileiras e é a principal compradora de soja e derivados de petróleo. No entanto, ele destaca que o Brasil também busca manter proximidade com os Estados Unidos, devido à parceria histórica e cultural.

Apesar da forte presença chinesa no agronegócio brasileiro, Trevisan lembra que os EUA importam produtos de maior valor agregado, como itens industriais e tecnológicos, que geram mais empregos e integram o Brasil a cadeias globais de produção.

O especialista também avalia que o aumento das exportações de soja para a China, em substituição ao grão americano, não deve prejudicar as negociações brasileiras com os EUA, como nas tarifas sobre aço e alumínio. “Os americanos entendem que são negócios momentâneos, e que os laços produtivos são sólidos e duradouros”, afirmou.

Foto e inf: Noticia ao Minutos 

Postado em 12/05/2025