A produção de carne bovina no Brasil caiu 1,9% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o quarto trimestre de 2024, totalizando 2,486 milhões de toneladas, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (11) pelo IBGE. A queda ocorreu mesmo com o aumento de 1,9% no número de animais abatidos, que chegou a 9,87 milhões de cabeças — o maior número já registrado para um primeiro trimestre.
O recuo na produção é explicado pelo crescimento expressivo no abate de fêmeas, que têm carcaças mais leves do que os machos. Quase metade dos animais abatidos eram vacas e novilhas. Segundo a analista do IBGE Ângela Lordão, esse movimento é comum após a estação de monta, quando fêmeas improdutivas são descartadas.
O peso médio das carcaças caiu para 251,86 kg, representando uma redução de 3,7% em relação ao trimestre anterior. O abate de vacas aumentou 23,1% no período, enquanto o de bois caiu 14,5%, refletindo a menor oferta de machos após o pico de confinamento do final do ano passado.
Além de fatores sazonais, o IBGE aponta que o abate elevado de fêmeas nos últimos anos reduziu o número de matrizes, o que pode impactar negativamente a oferta de bezerros e, futuramente, a de bois prontos para abate.
Suínos e frangos
A produção de carne suína cresceu 1,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024, mas recuou 0,8% em relação ao último trimestre do ano passado. Ainda assim, o período registrou o melhor desempenho para um primeiro trimestre desde o início da série histórica em 1997.
Já o abate de frangos teve alta de 2,3% na comparação anual e de 1% frente ao trimestre anterior, impulsionado pelos resultados recordes nos meses de janeiro e fevereiro.
Postado em 12/06/2025
Foto ilustrativa