O que era para ser a adoção de duas crianças se transformou na construção de uma nova família com sete pessoas. Após 17 anos tentando engravidar, a pedagoga Jeniffer Aparecida Amaral Souza de Oliveira, 41, e o consultor financeiro Julio Cesar Soares de Oliveira, 39, moradores de Telêmaco Borba (PR), decidiram adotar. Mas quando souberam de cinco irmãos que corriam o risco de serem separados em um abrigo, não hesitaram: acolheram todos.
“Eles oravam para não serem separados, e nós orávamos pelos nossos filhos. Era para ser”, disse Jeniffer, emocionada.
O processo durou cerca de um ano e meio entre habilitação e adoção. Segundo o casal, dez famílias recusaram o grupo antes deles. A chegada das crianças — com idades entre 3 e 14 anos — trouxe grandes mudanças: a casa precisou ser ampliada, o carro trocado, e a rotina familiar completamente adaptada.
Durante o processo, um dos filhos recebeu diagnóstico de autismo. Mais tarde, o casal também descobriu que está dentro do espectro. A informação trouxe acolhimento e mais empatia entre eles.
Dois anos depois, todos os filhos já carregam o sobrenome da família e compartilham um lar onde o afeto e a aceitação são os pilares. "Não há diferença entre filhos biológicos ou adotivos. Eles são nossos. E não consigo mais imaginar a vida sem eles", afirma Jeniffer. Julio completa: "O sonho foi maior do que imaginávamos. E o amor também."
Hoje, o casal compartilha sua história nas redes sociais para conscientizar outras famílias sobre a importância da adoção, especialmente de grupos de irmãos.
Foto: Cedida pela família
Inf: Hoje maringá
Postado: 15/05/2025