Dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (23) pelo IBGE, revelam que o Brasil possui 14,4 milhões de pessoas com deficiência, o equivalente a 7,3% da população com 2 anos ou mais. A pesquisa inclui quem tem grande dificuldade ou impossibilidade de enxergar, ouvir, andar, manusear objetos ou realizar atividades mentais essenciais.

Entre as principais limitações:

• 7,9 milhões com dificuldade para enxergar;

• 5,2 milhões para andar ou subir degraus;

• 2,7 milhões para manusear objetos;

• 2,6 milhões para ouvir.

O levantamento também mostra que a deficiência é mais comum com o avanço da idade — superando 50% após os 90 anos. A prevalência é maior entre pretos (8,6%) e indígenas (7,9%).

Além disso, 2,4 milhões de brasileiros (1,2% da população) declararam diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). A prevalência é maior entre homens (1,5%) do que entre mulheres (0,9%). A faixa etária com maior incidência é de 5 a 9 anos (2,6%).

Por regiões, o Nordeste lidera em prevalência de deficiências (8,6%), com destaque para dificuldades sensoriais e motoras. A região também tem o maior percentual de pessoas com duas ou mais deficiências (2,4%).

Já em relação ao autismo, não há grandes variações regionais — a maioria dos estados apresenta taxa próxima à média nacional.

O levantamento destaca ainda que, em 16% dos domicílios brasileiros, há pelo menos uma pessoa com deficiência. O percentual sobe para 19,3% em residências sem esgotamento sanitário.

Inf. Agência Brasil

Postado em 26/05/2025