O Brasil registrou 42 ataques violentos em escolas desde 2001, sendo que 64% ocorreram a partir de março de 2022, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Grupo de Estudos em Educação Moral da Unesp e Unicamp.
Em 2022, foram 10 casos; em 2023, 12; e em 2024, cinco — número menor, mas que, segundo as pesquisadoras, não reflete redução real, já que vários ataques foram planejados e interrompidos antes da execução.
A maioria dos ataques (78,5%) foi do tipo ativo, com intenção de atingir o maior número de vítimas, enquanto 21,4% foram direcionados, com alvos específicos. Armas de fogo foram usadas em 94,7% das 38 mortes registradas.
Os autores, na maioria adolescentes, tinham menos de 18 anos em quase 80% dos casos. Do total de 45 autores, apenas uma era mulher. São Paulo lidera o ranking com 10 ocorrências, seguido por Rio de Janeiro e Bahia (5 cada). Os ataques predominam em escolas de nível socioeconômico médio e alto.
O estudo alerta que os crimes têm sido motivados por ódio, discriminação, racismo, misoginia e vingança, e envolvem planejamento e armamento. O caso mais recente citado ocorreu em Natal (RN), em dezembro de 2023, quando uma estudante de 19 anos atirou em um colega dentro da escola.
Postado em 30/05/025