Os Estados Unidos abriram uma investigação contra práticas comerciais “desleais” do Brasil, citando genericamente os serviços de pagamento eletrônico do governo o que pode incluir o Pix. A suspeita é de que o sistema brasileiro esteja incomodando interesses norte-americanos, especialmente por competir com soluções como o WhatsApp Pay, ligado à Meta (de Mark Zuckerberg), e com as operadoras de cartões de crédito dos EUA.
A medida reacende uma antiga disputa iniciada em 2020, quando o Banco Central e o Cade barraram o lançamento do WhatsApp Pay no Brasil por falta de integração com o sistema financeiro. Na mesma época, o Pix foi lançado como sistema público, seguro, gratuito e amplamente aceito.
Além disso, o Pix tem sido usado até em compras internacionais em países como Paraguai e Panamá, driblando o uso do dólar e afetando o controle cambial dos EUA. Com o “Pix Parcelado” previsto para 2025, a concorrência com os cartões de crédito tradicionais tende a se intensificar.
Para especialistas, como a economista Cristina Mello (PUC-SP), o Pix é uma solução eficiente, inclusiva e que impulsionou a bancarização no Brasil, além de beneficiar pequenos negócios e pessoas de baixa renda. Em 2024, o sistema movimentou R$ 26,4 trilhões.
Postado em 18/07/2025